quarta-feira, 29 de julho de 2009

Mensagens na Lua

Ainda no rastro da comemoração dos 40 anos da chegada do homem à Lua, não é possível deixar de comentar a famosa frase: "Um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade". Mencionada por Neil Armstrong ao pisar em território lunar, o comentário histórico foi simples e emblemático, retratando muito bem o que a conquista representou. E para consolidar esse grande momento, o que muitos não sabem é que foi presa na escada do módulo lunar Eagle (Lunar Eagle Module ou simplesmente LEM) uma placa comemorativa com os seguintes dizeres: "Here men from the planet Earth first set foot upon the Moon. July 1969, A. D. We came in peace for all mankind" (Aqui os homens do planeta Terra pisaram pela primeira vez sobre a Lua. Julho de 1969, depois de Cristo. Viemos em paz em nome de toda a humanidade). Abaixo do texto foram anexadas as assinaturas dos 3 astronautas, juntamente com a assinatura do então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon.

O hábito de fixar placas comemorativas é uma tradição muito comum em nosso mundo e, como era de se esperar, nada mais natural do que estender essa prática à Lua. Porém, analisando com bastante cuidado a última frase do texto, poderemos perceber o seguinte: com que intuito foi colocada a sentença "Viemos em paz em nome de toda a humanidade", se oficialmente não existe ninguém lá fora para poder ler a tal da placa? Uma homenagem a um momento importante da nossa história é uma atitude compreensível e bastante aceitável, mas que diabos faz uma placa de metal em território lunar com um pequeno texto cujo sentido insinua uma tentativa de comunicação com uma criatura provida de um elevado grau de inteligência? Afinal de contas, a frase diz "...em nome de toda a humanidade", ficando claro, desta forma, que o texto é dirigido a alguém que não faz parte da raça humana, já que a mesma está ali representada pela placa de metal. Poderia ser feito uma placa comemorativa com o intuito puro e simples de inflar o nosso ego a respeito da grandiosidade do evento, sem qualquer espécie de saudação, por mais ingênua que possa parecer, a alguma espécie de espectador que parece estar além dos limites do planeta Terra.

Mas isso não é tudo. Em um dos pés do módulo lunar foi deixado um pequeno disco de silicone especialmente preparado para resistir às altas mudanças de temperatura na superfície da Lua dentro de uma capsula de alumínio. A pequena peça do tamanho de uma moeda de 50 centavos possui gravada em sua superfície externa a seguinte frase: "From Planet Earth, July 1969" (Do Planeta Terra, Julho de 1969 - Aqui, mais uma vez, a frase "Do Planeta Terra" só faz sentido se existe uma expectativa de encontrar alguém além dos limites do nosso planeta que seja capaz de ler um texto). No interior do disco, existe uma gravação de mensagens de 73 chefes de Estado e quatro documentos que compreendem as listas dos membros das comissões senatoriais e parlamentares, um trecho da Lei Nacional dos Estados Unidos sobre aeronáutica e astronáutica assinada pelo presidente Einsenhower em 1958, e algumas citações dos presidentes Kennedy, Johnson e Nixon. O disco com as mensagens foi fabricado pela divisão de semi-condutores da Sprague Electric Company, e foi apelidada com o nome Rosetta Stone (Pedra de Roseta) pela própria empresa em uma nota de divulgação para a imprensa no dia 14 de Julho de 1969. A Pedra de Roseta, para quem não sabe, é um bloco de basalto encontrado pelos soldados de Napoleão no ano de 1799, durante a expedição ao Egito. Sobre a pedra há um mesmo texto em escrita hieroglífica, demótica e grega. Por quê a empresa batizou o pequeno disco destinado a permanecer sobre a superfície da Lua com um nome tão sugestivo? E talvez o mais importante: qual a utilidade desse volume de mensagens em um território que, teoricamente, não pode ser visitado por mais ninguém além dos próprios astronautas? Todo astronauta que se preze sabe muito bem a respeito da existência desse disco de silicone, o qual só pode ser lido com o auxílio de um microscópio. Por quê então a necessidade de deixar essas mensagens sobre a superfície lunar? Teria o vôo da Apolo XI outros objetivos além daqueles que nós já conhecemos? O governo norte-americano bem como a NASA saberiam de coisas altamente sigilosas que nós sequer desconfiamos?

Teorias conspiratórias, boas doses de Arquivo X e altas dosagens de Ufologia tendenciosa podem estragar o gosto da nossa já amarga "salada mental", forçando muito uma resposta positiva para a pergunta acima. De qualquer maneira, é sempre bom manter uma pequena pitada de dúvida para mantermos fresca a nossa capacidade de questionar. Ainda que ninguém tenha assumido, é óbvio que muita gente quis deixar um sinal lá na Lua para seres de outros planetas, mesmo sob o risco de demorar uma eternidade para um evento como esse acontecer. O resto da estória, fica por conta da imaginação de cada um...

Abs:
Marcio

Nenhum comentário:

Postar um comentário